quinta-feira, 12 de março de 2015

Sinopse Ópera: LA TRAVIATA, de Giuseppe Verdi

--- Podem ouvir a ópera completa aqui!

Título: La Traviata
Autor: Giuseppe Verdi
(Roncole, 9/10 Outubro 1813 – Milão, 27 Janeiro 1901).
Libreto: Franceso Maria Piave sobre "La Dame aux Camélias" de A. Dumas (filho).
Estreia: Teatro La Fenice em Veneza, 6 de Março 1853.

Personagens:
Violetta Valéry – soprano
Flora Bervoix (sua amiga) – mezzo-soprano
Annina (a empregada de Violetta) – soprano
Alfredo Germont – tenor
Giorgio Germont (pai de Alfredo) – barítono
Gastone (o Visconde de Létorières) – tenor
Barão Douphol – barítono
Marquês d'Obigny – baixo
Dr. Grenvil – baixo
Giuseppe (o servo de Violetta) – tenor
Um empregado doméstico de Flora – baixo
Um comissionário – baixo


PRIMEIRO ACTO: Salão da casa de Violetta Valery, uma socialite parisiense, durante uma festa. É Agosto, e a anfitriã recebe alegremente os seus convidados. Entre eles está o jovem Alfredo Germont que tem uma paixão secreta pela cortesã há já algum tempo. É servido o jantar e Violetta propõe um brinde. Alfredo ergue a sua taça e brinda ao vinho e ao amor.

Uma orquestra começa a tocar num outro salão. Os convidados dirigem-se para lá, mas Violetta fica; sentiu um mal-estar, sintoma da doença que a aflige. Alfredo fica também e diz a Violetta o que pensa: o género de vida que ela leva irá acabar por matá-la. E oferece-se para a proteger revelando-lhe ao mesmo tempo o seu amor.

Violetta questiona-se se deve deixar-se envolver pelo amor do jovem, e se ele lhe poderá estar destinado. Oferece então uma flor a Alfredo dizendo-lhe para regressar quando a flor tiver perdido o viço. Os convidados regressam do salão de dança. O sol começou a despontar – sinal de que devem partir.

Quando fica só, Violetta recorda o que se passou naquela noite. E sorri à ideia de ser amada por aquele jovem que mal conhece, que lhe propusera deixar aquela vida e recuperar a saúde ameaçada. Como resposta, ouve, vinda do jardim, a voz de Alfredo repetindo as suas juras de amor. Ainda assim reage: diz que é certamente um amor passageiro, e que ela deve permanecer livre para gozar os prazeres da vida.

SEGUNDO ACTO: Casa de campo, nos arredores de Paris: Violetta e Alfredo vivem juntos há 3 meses. Alfredo está feliz, o seu sonho tornou-se realidade. Mas a ilusão desfaz-se com a entrada de Annina, a criada de Violetta, que diz a Alfredo que a patroa tem estado a vender pouco a pouco os seus bens para poder manter aquela casa no campo. Surpreendido e preocupado, o jovem decide partir de imediato para Paris para arranjar dinheiro.

Durante a sua ausência Violetta recebe uma visita inesperada. É Giorgio Germont, pai de Alfredo, que vem tentar convencê-la a romper a ligação com o filho para que ele possa casar-se com alguém do seu meio, e assim manter a reputação da família, principalmente da sua filha, irmã de Alfredo, que pretende casar-se em breve. Violetta acaba por ceder: ama demasiado Alfredo, e sempre soube que o seu amor não tinha futuro. Além disso, está tuberculosa e pouco mais tempo lhe restará de vida. Germont promete que tanto a sua filha como o próprio Alfredo irão mais tarde saber do sacrifício de Violetta.

Após a saída de Germont, e sempre com a intenção de poupar um maior sofrimento a Alfredo, escreve-lhe uma carta onde diz desejar regressar à vida que levava anteriormente, bastante mais interessante do que a vida que têm levado juntos.

Alfredo chega quando Violetta está a terminar a carta, e esta diz-lhe apaixonadamente o quanto o ama, e sai sem lhe dar directamente a carta. Alfredo vê o seu pai no jardim, enquanto lhe trazem a carta de Violetta, já depois de esta ter partido: chora em desespero, recusa o pedido do pai para voltar para casa e determina-se a encontrar Violetta.

A 2ª cena passa-se em casa de Flora, amiga de Violetta, durante uma animada recepção. Entre os convidados está Violetta com o seu novo amante, o Barão Douphol. Alfredo aparece. Vem desesperado e começa a jogar, fingindo ignorar a presença de Violetta. O Barão senta-se na mesma mesa, tornando-se as jogadas num conflito pessoal entre os dois homens.

Quando os convidados são chamados para a ceia, Violetta consegue ficar a sós com Alfredo. Em resposta às acusações do jovem, Violetta diz amar o Barão. Então Alfredo chama em voz alta todos os convidados, e, em presença de todos, numa fúria crescente, denuncia Violetta acabando por lhe atirar à cara o dinheiro do jogo, dizendo ser o pagamento de todo o dinheiro que lhe deve. Violetta desmaia.

É então que chega Giorgio Germont que, para surpresa de Alfredo, toma a defesa da cortesã, e tenta chamá-lo à razão. Arrepende-se por ter mantido silêncio em relação ao sacrifício de Violetta. Mas o velho Germont não consegue impedir que Alfredo e o Barão marquem a data para um duelo.

TERCEIRO ACTO: Paris, no quarto onde Violetta agoniza seriamente doente. O médico tenta animá-la, mas, ao sair, diz à criada que o seu fim está próximo.

Violetta relê a carta do Senhor Germont em que este a informa que Alfredo feriu o Barão no duelo, sem gravidade, e que, ao saber a verdade e ao conhecer o seu sacrifício, decidiu ir visitá-la e implorar o seu perdão.

Alfredo chega nos últimos instantes de agonia de Violetta. Ela está feliz, quer mesmo sair, ir até à igreja agradecer a Deus o seu regresso, e partir com Alfredo para fora de Paris e viver feliz com ele, mas as forças faltam-lhe, e acaba por morrer nos braços do jovem.

Sem comentários:

Enviar um comentário